domingo, 28 de outubro de 2012

ALIENAÇÃO NATALINA



 “Oh, jingle bells, jingle bells, jingle all the way…”


            São através de musiquinhas como esta, e todo um marketing produzido a cada fim de ano, que o mercado capitalista, composto por indústrias e comércio dos ramos mais variados, instaura sua “alienação natalina”. 
            Ano após ano, “ao produzir falsas necessidades e transformar os seres humanos em consumidores vorazes, as sociedades modernas são capazes de paralisar a crítica por meio da disseminação da riqueza generalizada e imbecilizante.” (Heywood, p.21, 2010). As pessoas compram mais e mais, de forma irracional, e quanto mais propaganda se faz a respeito, mais “necessidade” se tem de obtenção de bens de consumo, sejam eles duráveis ou não. 
            O capitalismo pós-moderno, acredito eu, multifacetado, atrativo e ao mesmo tempo, patológico (pois não garante “bem comum” ou a “vontade coletiva”), não nos permite passar pelo Natal, entre outras datas comemorativas, e sair incólume. Pois a medida que nos posicionamos contra tal fato social, sofremos, quase que automaticamente as sanções por tal ato. Nesse caso diria Durkheim, uma sanção espontânea, pelo fato de estar “ferindo os bons costumes”.
            Por fim, o fato social conhecido como Natal, festa cujo real propósito está latente nas mais variadas formas de representação deste, como em musicas, árvores de natal, papai noel, é mais uma forma de dominação ideológica, a qual produz uma “falsa consciência”, mística e ilusória na sociedade.(Marx e Engels, 1970, pg.64).


Evilazio de Queiroz

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