Nos dias
atuais, em sociedades pós-modernas, há grande diversidade cultural (não quero
trazer a concepção de melhor ou pior), e nessa diversidade também, uma
quantidade significativa de adeptos às mais diversas “ideologias”
propostas. Os meios escolhidos, e por conseguinte utilizados para apresentação
e então institucionalização de um certo comportamento são os que puderem causar
maior impacto social, como bens de consumo (duráveis ou não),
redes de televisão, propaganda, rádio, música, entre outros. A partir de tais
artifícios, se inicia então o que chamarei aqui de “dialética ideocultural”.
Seguindo as ideias de autores como Zygmunt Bauman e François Lyotard, é na pós
modernidade - “consequência sociológica inevitável da
modernidade, em que a "ciência" não pode mais ser considerada como a
fonte definitiva da verdade, mas que o saber esta novamente aberto e em
permanente construção” - que a “dialética ideocultural” se
desenvolve. Um interminável conflito de idéias que objetiva a
dominação intelectual dos indivíduos, manipulando comportamentos, na maioria
das vezes através de regras socialmente impostas. Os detentores de
meios de propagação de ideia mais eficientes, assim como citado no parágrafo
anterior, utilizam-se de tais artifícios para potencializar o alcance
e a eficacia dessas. Bem como os que possuem maior capital para financiar tais
ideias, sejam estes indivíduos, associações ou instituições.
O objetivo central do conceito de “dialética ideocultural” não é estigmatizar a cultura muito menos reprimir a liberdade de pensar e aderir as ideologias por ela proposta, mas trazer à luz a real motivação da exposição dessa, através de mais variados meios de coerção e indução comportamentos na pós-modernidade. Utilizando-me parcialmente da concepção do cientista político britânico Andrew Heywood, o qual afirma que “as ideias e as ideologias são, portanto simples “vitrines”, usadas para ocultar as realidades profundas da vida política” (Ideologias Políticas: do Liberalismo ao fascismo, pg. 15), acredito eu que a cristalização de ideias e ideologias, resultantes das mais variadas culturas, em bens e serviços, som e imagem, entre outros, são artifícios utilizados como um “vitral” para encobrir um interminável conflito em busca da dominação.
O objetivo central do conceito de “dialética ideocultural” não é estigmatizar a cultura muito menos reprimir a liberdade de pensar e aderir as ideologias por ela proposta, mas trazer à luz a real motivação da exposição dessa, através de mais variados meios de coerção e indução comportamentos na pós-modernidade. Utilizando-me parcialmente da concepção do cientista político britânico Andrew Heywood, o qual afirma que “as ideias e as ideologias são, portanto simples “vitrines”, usadas para ocultar as realidades profundas da vida política” (Ideologias Políticas: do Liberalismo ao fascismo, pg. 15), acredito eu que a cristalização de ideias e ideologias, resultantes das mais variadas culturas, em bens e serviços, som e imagem, entre outros, são artifícios utilizados como um “vitral” para encobrir um interminável conflito em busca da dominação.
Evilazio de Queiroz
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